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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Chatice Futebol Clube

Certa vez em uma entrevista no "Programa do Jô", o jornalista e comentarista esportivo Paulo Vinícius Coelho explicou sua relação com o futebol de uma forma interessante. Não me recordo ao certo as palavras, mas ele disse que em determinado momento da vida percebeu que gostava mais de futebol do que do Palmeiras. Pois é, comigo – e acho que com muitas pessoas – aconteceu o inverso. De uns tempos para cá, descobri que gosto do Fluminense e não de futebol. Assim como conheço pessoas que, mesmo involuntariamente, gostam mais de seus respectivos times de coração do que realmente de futebol. Ou seja, é preciso ter uma motivação passional para que se prendam durante 90 minutos (ou mais) a uma "peleja".

Nem sempre foi assim. Já gostei de futebol. Em alguma época nem tão distante, assistia, sempre que podia, a qualquer partida. No Maraca, Laranjeiras, São Januário, Rua Bariri e até no simpático e extinto estádio do Andaraí, que ficava perto da minha casa e onde hoje funciona o Shopping Iguatemi. Pense nas partidas mais desinteressantes do mundo, eu gostava de ir. Assisti a um memorável América 1 x 2 Madureira, em Marechal Hermes, e a São Cristóvão x Bonsucesso, certa vez, no Figueira de Melo.

Hoje, confesso, não tenho paciência para o futebol. Se não existisse o "Time das três cores que traduzem tradição", provavelmente nem me daria ao trabalho de passar os olhos nas páginas de esporte, parte do jornal que eu lia primeiro quando era criança. Talvez culpa do acesso farto ao próprio futebol. Nos anos 70 e 80 (o ruim disso é que denuncio minha idade) era raríssimo alguma partida do campeonato Carioca ser transmitida ao vivo pela TV. Campeonato Brasileiro, então, mais difícil ainda. Ou se ia ao estádio ou se colava o ouvido no radinho. Hoje, tem bar que passa 10 jogos simultaneamente.

E percebo que isso tem se tornado comum. Em conversas de bar, muita gente deixa claro que só acompanha futebol por conta do clube de coração e da zoação entre amigos. Seleção Brasileira? Na Copa até se animam, talvez mais pelo pretexto para fazer aquele churrasco regado a cerveja gelada. Mas, além disso, muitos não se dão mais ao trabalho de ver o amistoso do Brasil com o combinado de Dubai ou de reclamar do treinador da Seleção.

Será que o futebol está ficando chato? Ou eu que estou ficando cada vez mais fanático pelo meu time?

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Um comentário:

  1. O politicamente correto chegou ao futebol! Bom era nos anos 90, com os "bad boys" que sempre colocavam uma pimenta na véspera dos jogos.

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